Da Redação
Afirmando se sentir envergonhada, a ativista religiosa, irmã de caridade Terezinha de Sá Barreto, da congregação do Divino Mestre, tem seguidas vezes manifestado seu descontentamento em relação a pessoas que se declaram seguidoras de Jesus Cristo defenderem a ditadura, assim como defendem as ideias do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores. “Sinceramente me sinto envergonhada quando vejo pessoas que se declaram seguidores de Jesus Cristo e ao mesmo tempo defendem a ditadura, Bolsonaro e sua corja. Fico muito triste. Só confirmam em suas práticas que são grandes mentirosos; não são seguidores de Jesus Cristo e sim seguidores do anticristo”, diz a religiosa.
Em sua visão, “Jesus de Nazaré jamais seria direta ou extrema direita, pois, no meu entender o Evangelho de Jesus é Palavra de Vida e de Libertação; não de morte! Quem segue os passos de Jesus jamais defende grupos direitistas, extremistas, Bolsonaro e seus seguidores. Para quem vive e conhece o Evangelho, Jesus defendia os marginalizados, os desvalidos, os sem voz e sem vez”.
Tia Teca, como é conhecida, é Educadora Popular Voluntária, da RECID (Rede de Educação Popular Cidadã), da ANEPS (Articulação Nacional de Movimentos de Práticas de Educação Popular em Saúde) e reside no interior da Bahia. No seu entendimento, como seguidora de Jesus e dos Princípios Freireanos, “defender o bolsonarismo é defender a ditadura, a barbárie praticada pelos dominantes do mundo contra as bases, contra as categorias marginalizadas: empobrecidos, crianças, mulheres, indígenas, negros, religiões de matriz afro-brasileira, diversidades de gênero...”.
Em suas postagens nas redes sociais, ela reafirma: “meu Amado Jesus Cristo que viveu as torturas da crucificação e Ressuscitou por nossa Libertação jamais apoiaria a ética de mercado dominada pela Direita e Extrema Direita. Meu Mestre Jesus é Defensor da Vida e o direitismo que está aí é defensor da morte”.
Irmã Terezinha está entre as vozes que se impõem sobre desertificações sistêmicas. Só é possível concretizar Educação Popular se transformarmos teorias e discursos em prática efetiva. Mestre Paulo Freire, na obra, Pedagogia da Indignação, nos instiga à Indignação, quando as injustiças mascaradas de leis sociais agridem direitos à vida com dignidade. Segundo o Educador, “a história como tempo de possibilidade pressupõe a capacidade do ser humano de observar, de conhecer, de comparar, de avaliar, de decidir, de romper, de ser responsável. De ser ético, assim como de transgredir a própria ética. E vai além, “Os partidos progressistas não podem calar. [...] não podem emudecer, renunciando sua tarefa de dizer a palavra utópica, palavra que denuncia e anuncia. [...] porque faz parte de sua própria natureza a briga contra as injustiças”. Em sintonia com o Educador, Ir. Terezinha de Sá Barreto, quebra paradigmas e transgride transgressões sistêmicas.