Da assessoria
O diálogo sobre Vigilância Popular em Saúde e a aplicação de uma chuva de Reiki, pela mestra Chiara Carneiro, marcaram a realização de mais um Círculo Sagrado de Saúde, em reverência à Lua Cheia. A coordenação do evento promoveu, na abertura dos trabalhos, um diálogo sobre as cores do arco-íris em alusão às cores dos Chakras - pontos energéticos do corpo humano, centros de absorção, exteriorização e administração de energias-, e à aplicação do Reiki, introduzido em 2017 na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde e oferecido pelo Sistema Único de Saúde, SUS.
O Círculo aconteceu no final da tarde de sexta-feira, 15, no Cóio das Utopias - Bairro Tonzinho Saunier, com o tema “Lua Cheia fortalece a Educação Popular via diálogos com as cores do arco-íris”, visando ampliar os diálogos sobre vigilância popular e cuidados com a saúde.
Um banner expressando o olhar vigilante do sol sobre as cores do arco-íris simbolizando nosso EU, a ALIMENTAÇAO, a SAÚDE, NOSSOS QUINTAIS, o CONSUMO, a COMUNICAÇÃO e o SUS foi o ponto central da ornamentação principal do ambiente, além de outros símbolos decorativos para o espaço: terra, água, pedras, plantas, flores, sementes, penas, livros, imagens das lutas sociais, banners, ervas, sementes, velas, incensos e alusões aos princípios da Educação Popular.
A idealizadora dos Círculos Sagrados de Saúde, educadora popular Fátima Guedes, pontua que “a Lua Cheia de Novembro, segundo o ‘Anuário da Grande Mãe - Influências da Lua Cheia’- é Aquela que anda com firmeza. A Mãe da inovação e da perseverança. É a força que nos provoca usar adequadamente nossa vontade e nosso poder para transformar as circunstâncias da vida através de nossas ações pessoais, rompendo dependências e laços afetivos, profissionais, para um agir com autonomia, autoestima e autossuficiência”. Guedes criou um refrão musical especial para o momento de problematização da realidade. Durante dez minutos de meditação, participantes entoaram: “Vigiar o quê? / Vigiar o quê? / Olhe ao seu redor / E você vai ver...” expressando a importância da vigilância popular e dos cuidados com a saúde.
Chuva de Reiki
Outro ponto marcante foi a terapia de relaxamento, com aplicação de Reiki Coletivo ou Chuva de Reiki, como afirmou a mestra Chiara Carneiro, responsável pela dinâmica. Chiara explica que o Reiki é um tratamento de cura que significa energia infinita, inesgotável de vida, que cria e harmoniza o corpo físico, as emoções e o espírito. “O Reiki não está atrelado a nenhuma religião, é uma técnica milenar. Desde 1920 o Reiki está no mundo harmonizando pessoas, beneficiando a saúde. Nós somos um canal de cura. A energia vital circula pelo corpo do reikiano e vai pro corpo da pessoa que está precisando desse equilíbrio. Reiki significa energia vital universal. É um método de cura reconhecido pela Organização Mundial da Saúde”, explica.
Como terapia complementar aos tratamentos convencionais, o Reiki pode ser aplicado em pessoas, em animais, em plantas. “Tem muitos benefícios. Pode curar traumas. Ele relaxa, e faz limpeza das negatividades do corpo, da alma, do espírito, elimina o estresse, o cansaço físico e mental. Estimula o sistema imunológico e endócrino. Ele também promove paz interior, harmoniza a pessoa como um todo. Com o Reiki se consegue equilíbrio emocional, físico e mental”, assinala.
“Mudei minha vida pessoal há mais de 2 anos. Se a gente consegue equilibrar o corpo, estar sempre em harmonia com a nossa energia, começa a ter expansão de consciência, consegue saber qual é o nosso propósito de vida aqui na Terra, nesse plano. Para falar do que o Reiki mudou na minha vida, ele é um divisor de águas. Está contribuindo pra minha evolução como gente. Perceber o nosso autocuidado, como são as nossas relações com outras pessoas, com o ambiente. Isso tudo o Reiki proporciona. A gente passa a ter um novo olhar sobre tudo”, afirma a Reikiana.
Diálogos ancestrais
Para a educadora Fátima Guedes, a celebração do Círculo em mais um plenilúnio “representa nossas insistências em fortalecer os diálogos com as sabedorias ancestrais. A gente percebeu, sentiu a vibração dessas energias em cada presença, em cada manifestação, em cada reflexão compartilhada no círculo. O círculo traz essa resposta e nós nos sentimos cada vez mais comprometidos e comprometidas a não deixar morrer esta chama, esta fagulha que ainda resiste em Parintins, de construção de Educação Popular e Vigilância Popular em Saúde”.
A reverência à Lua Cheia aconteceu após a aplicação do Reiki e em manifestação descontraída, ao som da canção “Lua Cheia”, de Cristina Tati, e do xote “Soltar as Amarras”, do nordestino Di Santana. Seguido do Momento de Homenagens aos aniversariantes do mês.
A Lua de sexta-feira (15) foi a última Superlua Cheia do ano, maior e mais brilhante, por se aproximar o mais perto de seu perigeu, ponto mais próximo da Terra em sua órbita. O satélite ficou a cerca de 361.867 quilômetros (km) de distância da Terra. Em média, a Lua se encontra a aproximadamente 384.400 km de distância do nosso planeta. A lua cheia acontece quando o Sol e a Lua estão alinhados em lados opostos da Terra, iluminando 100% da face visível da Lua. Os observadores puderam notar uma Lua mais brilhante que o normal. O fenômeno foi visível em todas as regiões do mundo.
Os Círculos Sagrados de Saúde são construções coletivas de ativistas da TEIA, Articulação Parintins Cidadã, Coletivo de Mulheres de Fibra da Amazônia Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde
Marcha Mundial das Mulheres e do Fórum de Educação do Campo, das Florestas e das Águas/Paulo Freire.